O projeto começou em 2016 e desde então, o rapper reúne MCs de diversos cantos do Brasil, em um som que retrata o racismo, preconceitos, e também exalta heróis pretos e ídolos da cultura negra. “Sempre são convidados grandes letristas pro projeto, que é lançado todo dia 30 de novembro, último dia do mês da Consciência Negra, no YouTube”, contou o artista em entrevista ao Social Vinhedo.
“Para a produção musical não tenho um produtor específico, todo ano eu convoco alguns produtores musicais e seleciono algumas batidas. Já a produção visual nos últimos anos tem sido feita pelo pessoal do ‘Lado Sujo da Frequência’. Sobre a produção autoral os artistas que eu convido, cada um escreve a sua parte e gravamos um vídeo clipe, normalmente na cidade de São Paulo que é mais fácil para reuni-los”, contou Anderson.
Morador de Vinhedo desde 1989, o rapper começou a fazer suas primeiras rimas em 2005. “No ano seguinte eu comecei a participar de batalha de rimas e entrei para um grupo de rap chamado Rimáfia, com o também rapper e comediante Luiz Paixão, da Hora do Leite da Educadora. Depois fiz parte do Tóxico Brasil, mas foi no grupo TSK ou Tosskera que tive algum reconhecimento, chegando até participar do extinto programa Manos & Minas da TV Cultura”.
Com influência musical que vai do rapper Sabotage a Racionais, Matéria Prima, o morador da Vila Junqueira revelou que a música para ele representa atitude, expressão, sentimento. “Há mais de 20 anos é o que dá o ritmo da minha vida, e a de muitos outros! Talvez a maior dificuldade nesse meio artístico é o financeiro, porém independente disso a gente segue sendo artista e arteiro, ciente de que o mundo com música fica muito melhor. Para o futuro pretendo continuar com as minhas poesias rimadas, mesmo ainda não vivendo disso mas diariamente vivendo isso”, finalizou o rapper.
Para quem quiser acompanhar o artista pode seguir no seu canal do Youtube AndersonLeiteoficial e em seu perfil Spotfy.
