Vinhedense adotou Kiko em uma ONG em 2020

O seu período de adaptação foi complicado, ele era bem pequeno quando veio para minha casa, então ficou assustado. Chorava todas as noites e eu sempre levantava para ver, mas se acostumou muito rápido.

Sempre quis ter um cachorro, fiquei 13 anos sem ter um, dizem que cachorro se parece com o dono e aqui ele tem um pouco de cada um da minha família. É bastante apegado, virou meu companheiro, acredito que por causa da pandemia eu trabalhando e estudando em home office ele sempre estava comigo.

Em um piscar de olhos o Kiko já estava gigante. Passamos por dificuldade quando ele foi atacado por um ouriço, foi um desespero. Era quase meia noite e eu ouvi ele gritando, quando eu fui até ele, estava cheio de espinhos, foi horrível.

Ensinei a dar a patinha, então sempre que estou comendo ele coloca a patinha na minha coxa. Se eu durmo até tarde, ele pula na janela para me acordar, toda noite após a janta, ele desce no meu quintal até a vizinha e fica latindo até ganhar um biscoitinho.

O Kiko sabe abrir a porta da cozinha para dar bom dia, sempre encara as pombas ou passarinhos no fio achando que vão comer sua ração e roubar seu território.

Ele ama brincar com garrafas pet ou panos, gosta de vigiar a rua e de ficar deitado junto com minha família. Teve um dia que ele pegou a correspondência do IPTU, foi muito divertido e sofrido conseguir pegar de volta.

Hoje eu amo chegar do serviço e ver ele me esperando, quando ele pula praticamente é um abraço devido ao tamanho, minhas pernas são todas roxas de tanto que ele pula. É meu melhor amigo e companheiro”.

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